quarta-feira, 27 de abril de 2016

Estamos em crise? Qual crise?


Ouvimos muito falar sobre crise e possíveis soluções. A presidentE propõe medidas e aumentos de impostos, o vice tem um plano próprio, falam de ajuste fiscal, redução de ministérios entre outras coisas. Mas que crise é essa? O que é? De onde saiu?

Existem pelo menos três crises diferentes que se relacionam e interferem umas nas outras:


Crise econômica:

Causada pelo intervencionismo desastrado do atual governo. O excesso de crédito é uma das principais razões. Os impostos excessivos, burocracia e corporativismo também influenciam, mas isso não é uma novidade do atual governo. A real razão foi o crédito. Funciona da seguinte maneira, o governo incentiva empréstimos de vários tipos, sejam eles para financiamento de casas, carros, mobília, construção e empresarial. A população começa a gastar, a economia se aquece, com uma riqueza que não existe no mundo real, não foi gerada. Nesse momento existe uma euforia, onde gastamos dinheiro que não existe. Inicialmente isso gera um "boom" de crescimento, que nos primeiros 8 anos do governo Lula, unidos com a alta dos commodities como petróleo e estabilidade gerada pelo plano Real criado no governo anterior, geraram um crescimento que em parte era 50% ilusório, 50% sorte. Os militares também cometeram esse erro no século passado. A partir de 2008 a coisa começou a desabar. A conta chega uma hora. O excesso de crédito endividou a população, gerou inflação crescente, ao mesmo tempo a queda do valor do petróleo transformou investimentos como o pré-sal um fiasco. A população já endividada parou de gastar, as empresas perderam receita, começaram demissões e fechamentos. Ou seja, desemprego, inflação e economia encolhendo, é a ressaca pelas medidas irresponsáveis. E querem saber o que eu acho mais curioso? Nada disso é novidade, qualquer economista(e eu não sou economista) poderia prever isso. Por que os economistas não previram? Eles previram, mas a Dilma chamou eles de pessimistas. Fizeram propagandas na televisão sobre o "Pessimildo".




Crise de gastos do governo: 

Na sequência, temos um governo que a muito tempo gasta mais do que arrecada. Com uma dívida pública gigante. O governo diz que pagou a dívida. Não, ele não pagou, ele "rolou a dívida". Ele pediu empréstimos a bancos e pagou o FMI. Mas os juros dos bancos são muito mais altos do que os do FMI. Nada foi pago. E com a irresponsabilidade do governo, os juros sobem ainda mais, tornando a dívida impossível de ser paga. Tudo isso também foi feito sob alerta de especialistas "pessimildos". Junte isso à crise econômica que está fazendo a arrecadação cair e você tem a receita para o fracasso. Honestamente, o governo pegou uma situação ainda ruim da década de 90 e transformou em desastre, bomba relógio. Fruto de pensamento de curto prazo, ignorância e um populismo desonesto. Ao contrário da crise econômica que pode ser resolvida ao longo dos anos com desburocratização, redução de impostos e desregulamentação, a crise do governo eu não saberia como resolver, poderíamos no máximo adiar as consequências mais graves.

Crise política:

A crise política foi causada pelo maior escândalo de corrupção da história modera. Corrupção sempre existiu, mas não em um esquema tão grande, organizado e envolvendo tantas pessoas e partidos políticos. Como a população é volúvel, provavelmente se resolverá com o afastamento da presidente, que já não possui governabilidade. Ela ocupa a cadeira mas não manda mais nada. Não tem apoio social ou político suficiente para governar. Qualquer um que substitua ela tem mais crédito do que ela apenas por "não ser ela". O fato é que dentro dos poderes de um presidente, é difícil fazer mais cagada(perdoem a palavra) do que ela na economia. Esse impeachment não é necessário por conta das pedaladas, ele é uma necessidade para que o governo volte a funcionar e para restabelecer a confiança dos investidores. Chamem de golpe ou não, impeachment não é uma atitude jurídica, se assim fosse Collor não sofreria impeachment, é uma necessidade política. Nesse caso sobram motivos. Se é golpe eu não sei, mas se não acontecer, o governo estará estagnado e nada do que precisa ser feito vai acontecer no que diz respeito a recuperação da economia. E antes que alguém diga, não a Dilma não tem conhecimento ou capacidade para isso, já está bastante claro que mesmo que ela tivesse governabilidade, não seria capaz de recuperar a economia. E dada a situação, nem governabilidade ela tem. Qualquer um que tenha conhecimento e se importe com a recuperação econômica quer esse impeachment. Os que são contra ou são ignorantes ou não sem importam com nada além do poder. 

Resumindo: 

São três crises que influenciam umas nas outras. E o começo da solução para todas as três se resume na saída da Dilma, não importa se for golpe. Do meu ponto de vista ser eleito democraticamente não é mérito algum e não te torna capaz de governar. O fato é que a grande maioria da população é ignorante e não vota de maneira consciente. E caso alguém fale sobre "não existem opções", recomendo ler meu outro texto Direita ou Esquerda, Importa? para entender como existe sim diferença entre votar em um ou em outro. E que ser honesto ou corrupto não é o fator mais importante na hora de votar. 

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